terça-feira, 10 de dezembro de 2013

A verdade sobre a matéria do "tiroteio" no Cassino

Juro que tentei me manter fora da polêmica que se criou em torno da matéria sobre um suposto tiroteio na avenida Rio Grande, no Cassino. Primeiro, porque me dou bem com as pessoas envolvidas na polêmica. Segundo, porque não queria passar a ideia de estar tentando rebater crítica ao jornal em que trabalho. Não faz parte da minha atuação, pois entendo as críticas, em geral, como positvas, e em vários casos até mesmo merecidas.

Mas o que houve, depois que vi e revi a questão, foi um injusto linchamento de uma profissional competente e trabalhadora, com décadas na profissão, e com muito mais "culhão" (desculpem o termo, mas inevitável nesse caso) do que muito homem por aí. Eu sei da exposição e dos riscos que tem corrido a Anete Poll na profissão de jornalista, cobrindo casos policiais. É natural da profissão, mas até isso vem em abono a ela.

Agora, sofrer os ataques que sofreu, e de maneira injusta (já que a história foi mal contada, e o jornal tem parcela de culpa, sem dúvida), não é algo que eu possa ver calado. Repito: se fosse asomente a questão do jornal envolvida, eu possivelmente mataria no peito e passaria em branco. Mas não foi o caso: pessoalizaram as agressões contra uma pessoa trabalhadora e competente.

Só pra dar uma ideia a vocês, Anete Poll já passou por redações de boa parte do Sul do país. Tendo trabalhado no Agora no século passado, voltou (por motivos que só a ela interessa) e foi bem recebida, justamente pela competência que já havia demonstrado.

Neste caso, como podem ver no texto reproduzido aqui, ela fez o que deveria: sabendo dos relatos, ouviu fontes, testemunhas e relatou tudo. Depois, por obrigação da profissão, escutou também as fontes oficiais. Está tudo no texto. O problema é que, sabe-se lá por quê, circulou nas redes sociais apenas o relato da polícia.

O que prejudicou foi, por uma questão interna (que nada tem a ver com "teorias de conspiração", já que, infelizmente, é mais uma matéria corriqueira de violência que publicamos quase que diariamente), o jornal ter retirado o texto. Como as matérias ficam prontas antes para o site, acabou saindo online e depois caindo, em princípio temporariamente. Infelizmente, isso deu margem a tais "teorias", em um tema, repito, já até banal.

Pra não me alongar, disponibilizo print do sistema do jornal, que deixa log de modificações que NÃO PODE SER ALTERADO (se alguém duvida, passo os dados da empresa responsável para checagem), provando os horários do texto final, completo, com os testemunhos, os relatos e a posição da polícia.

Eu considero ter feito a minha parte. Se alguém ou alguma entidade representativa quiser fazer algo mais, em desagravo à profissional, não cabe a mim considerar.

Abaixo, vai o texto completo, também. Faço isto aqui no blog  (que abandonei há bom tempo) porque é particular, e assim assumo qualquer responsabilidade pelo que posto, e ainda em consideração à jornalista, injustamente atacada por quem jamais sequer trocou uma ideia com a mesma. Coisas da internet e das "novas relações das redes sociais", infelizmente... Um pouquinho mais de respeito e consideração faz bem pra todo mundo.


A seguir, a matéria, na íntegra:

Enviada porAnete Poll
Data Cadastro09/12/2013 - 13:53
Edição10711
CadernoPolícia
CartolaCassino
TítuloTiroteio na avenida Rio Grande não foi confirmado pela polícia
Linha de Apoio
Chamada 
Conteúdo
Muitas pessoas falaram sobre um tiroteio que supostamente aconteceu na noite de domingo (8), próximo às 21h, em plena avenida Rio Grande, esquina com a rua Caçapava, ao lado de um posto de combustível, no Cassino. Testemunhas afirmaram que algumas pessoas enfrentaram-se com armas de fogo. Um funcionário do posto, que estava trabalhando na ocasião, disse que não chegou a ouvir os tiros, pois estava na loja de conveniência. Ele comentou que no momento o movimento era intenso no local e por isso não ouviu quando, e se, houve tiros.
Outra testemunha, uma senhora que prefere não se identificar, disse que estava junto com a mãe nas proximidades. Ela estava descendo do carro para entrar em uma loja, quando os disparos iniciaram. "Fiquei apavorada. Entrei imediatamente no carro e saí com a porta aberta, sem me dar conta, assustada e morrendo de medo de levar um tiro".
Um homem que passeava com duas filhas pequenas na avenida, bem em frente ao local dos supostos tiros, disse que a única coisa que lhe pareceu possível no momento em que ouviu estampidos foi pegar as duas filhas e sair correndo abaixado. "Escutei o barulho e fiquei sem ação e em pânico. Só lembrava-me de que as meninas estavam comigo e que um tiro poderia atingi-las. A única coisa em que eu pensava era em correr e sair dali", disse ele.
Não houve boletim de ocorrência na DPPA e nem na 3ª Delegacia de Polícia, no Cassino, sobre um tiroteio. No entanto, o 2ª Companhia de Pelotão da Brigada Militar, do Cassino, recebeu denúncias de um tiroteio. Mas a viatura foi verificar e não encontrou nem denunciante e nem autores dos possíveis disparos. "Buscamos informações junto a populares e comerciantes e não conseguimos nada preciso sobre os autores ou o fato. Ninguém nos repassou ter visto a presença de armas de fogo embora tenham relatos de estampido", frisou o capitão Fábio Hax Duro.
Para ele, a população pode estar assustada e muito preocupada com os últimos acontecimentos envolvendo armas de fogo. "Esses fatos se divulgam rapidamente e muitas vezes de forma aumentada, deixando a população em estado de medo", acrescenta o capitão.
Não faz muito tempo, houve denúncia também de troca de tiros no Barracão, em um domingo à noite, o que também não foi confirmado. Segundo o capitão Hax Duro, nenhum comerciante disse ter visto ou ouvido alguma coisa naquela ocasião. Houve um único tiroteio confirmado, que aconteceu no dia 3 de dezembro, e que resultou na morte de Fernando Fernandes Botelho, 21 anos, também conhecido como "Dimenor". Este tiroteio foi na esquina das avenidas Rio Grande e Atlântida, no Cassino.


Anete Poll

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Lixo novamente


Sem tecer considerações sobre a decisão, apenas informo que a Rio Grande Ambiental foi vencida novamente, em mais dois recursos que intentou contra decisão do TJ-RS que torna nulo o contrato entre Prefeitura do Rio Grande e aquela empresa, para coleta e tratamento do lixo.

Após sentença favorável ao Ministério Público, a empresa manejou embargos e agravos, mas foi vencida. Agora a empresa ajuizara recurso especial (STJ) e rec. extraordinário (STF), com vários argumentos, todos eles refutados.

O contrato, firmado pelo ex-prefeito Janir Branco, é apontado como o mais caro da história do município, e foi considerado ilegal pela Justiça, tendo declarada sua nulidade, em decisão da Exma. juíza Fernanda Duquia Araújo. O Agora mostrou, em reportagem de setembro de 2009 (ver aqui), que o contrato levou os rio-grandinos a pagar o segundo preço mais caro por tonelada de lixo (em comparativo feito com 247 cidades DE TODO O PAÍS).

O Jornal Agora revelou COM EXCLUSIVIDADE à época que o primeiro contrato mais caro (Farroupilha) também foi contratado na gestão do PMDB, em 2003 (gestão Bolivar Pasqual), assim como o terceiro (São Leopoldo, em 2004, ex-prefeito Waldir Schmidt, PMDB), e todos envolvendo o mesmo grupo Solví, holding responsável pelas RG Ambiental, Farroupilha Ambiental e SL Ambiental.

Segundo a ação civil pública apresentada pelo promotor José Alexandre Zachia Alan, a forma da contratação afronta a legislação e concede "vantagem escancarada e ilegal" à empresa, trazendo "desvantagem ao erário".

A decisão mais recente pode ser visualizada aqui. A discussão na Justiça deve se estender por um bom tempo, ainda.

domingo, 16 de setembro de 2012

Segurança ou mera propaganda 2

FOTO: Azonasul

Os dados da postagem abaixo são de 2012. Estive olhando os de 2011, e lá também a situação é parecida. E reforça minha opinião de que a SMSTT é só SMTT (sem segurança).
Na dotação de 2011 dessa secretaria, dos R$ 2,816 milhões do Complexo Técnico Operacional, R$ 2,796 milhões foram para... Transporte e Trânsito. A Segurança, sobre a qual o candidato à re-re-reeleição fala que preza, ficou com míseros R$ 20.024,10. Isso dá menos que dois mil reais por mês.
Mas como sempre pode ficar pior, efetivamente o prefeito aplicou somente R$ 9.087 - praticamente tudo para o mesmo prestador de serviço apontado acima: "Valor referente a contrato de manutenção do sistema de monitoramento da SMSTT."

Apenas R$ 1.287,40 teve destinação diferente. Foi para "Valor referente a materias para instalação de rede elétrica para equipamentos de rádio dentro da CESA."

Em 2010 a situação foi idêntica. Dos R$ 861.310,00 disponibilizados para o Complexo Técnico Operacional da SMSTT, somente R$ 25.729,70 destinados à área de segurança. E apenas metade disso (R$ 12.829,70) efetivamente aplicado.

Para onde foi essa verba? Vejamos:

PROJ. SEG. COMUNITÁRIA    dotação R$ 7.000,00 - empenhado R$ 5.000,00
MANUT. DA VIGILÂNCIA PÚBLICA    dotação R$ 18.729,70 -  empenhado R$ 7.829,70

Os R$ 5.000,00 que deveriam ir para um Projeto de Segurança Pública foram para uma agência de publicidade, com a seguinte finalidade: "Valor referente a Projeto de Segurança Comunitária - Criação e produção de vídeo e Spot de Rádio para Campanha do Disque Denúncia 181", conforme Nota de empenho nº 2010010009580.

Já a verba para Manut. da Vigilância Pública, bom, essa vocês já sabem: "VALOR REFERENTE A PAGAMENTO DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA DE MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE MONITORAMENTO NA SMSTT, CONF.CONTRATO 01/09", todas para a mesma pessoa.
A única excessão foi a aquisição de painel para uma viatura da SMSTT, no valor de R$ 1.060,00.

Assim, fica um retrato de como a administração do município tem, conforme o candidato diz na propaganda eleitoral, se preocupado com o tema Segurança no município de Rio Grande.


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Adendo: nas imagens abaixo, como foi usada a verba da conta "Segurança" em 2009 (que foi de somente R$ 15,8 mil no ano todo). Até em máquina de xeror e em relógio ponto o dinheiro foi usado.



Segurança ou mera propaganda?

Propaganda onde o candidato à re-re-reeleição fala aos rio-grandinos diz que o município se preocupa com Segurança Pública, e que por isso criou um Fundo de Segurança Pública. Pois bem, pesquisei nos dados disponibilizados pela própria prefeitura e encontrei dados que demonstram que, se existe algum projeto nesta área, ficou só no papel.

Os números comprovam que, em 2012 (no acumulado do ano, até 27 de julho), do orçamento de R$ 22,999 milhões da Secr. Munic. de Segurança, Transportes e Trânsito (SMSTT), R$ 22,742 milhões foram para a área operacional. Destes, R$ 22,720 milhões foram para o transporte, sendo que para Segurança dos rio-grandinos o prefeito reservou apenas R$ 21,6 mil.

Este valor (rubrica Policiamento) divide-se em PROJETO SEGURANÇA COMUNITÁRIA e em MANUTENÇÃO DA VIGILÂNCIA PÚBLICA (destaquei em amarelo claro na foto abaixo). No primeiro item, o prefeito autorizou dotação de R$ 2.666,77. Isso mesmo, menos de três mil reais! Só que, como pode ser visto no relatório, nada foi gasto até então*.

Para a outra rubrica, MANUTENÇÃO DA VIGILÂNCIA PÚBLICA, o prefeito se preocupou em reservar R$ 19.024,10 (sim, menos de vinte mil reais). Até a data informada, foram empenhados apenas R$ 3,9 mil (e pagos R$ 3.250,00). Verifiquei também os empenhos, e todas as despesas (TODAS!) são pagamentos feitos a um único prestador de serviços, com a seguinte descrição: "Valor referente a contrato de manutenção do sistema de monitoramento da SMSTT".

Portanto, o que diz a propaganda eleitoral é uma coisa. Já os números oficiais mostram uma outra verdade. Agora que existe a informação, cada um acredita no que quiser.


* Na foto anexa, as colunas se referem a: Dotação Autorizada -- Empenhado -- Liquidado -- Pago





Recebi considerações de uma pessoa (que prefiro não revelar, pois não fui autorizado a tal) acerca de uma outra rubrica no orçamento municipal que diz respeito à segurança pública. A mesma está ligada diretamente ao Gabinete do Prefeito, e definida como Gabinete de Articulação e Gestão Integrada.
No entanto, isto não ajuda em muito com relação às alegações do candidato na propaganda. Ocorre que este gabinete (pelo rubrica comandado diretamente pelo prefeito) tem dotação de R$ 1.837.733,55. Mas destes, foram empenhados apenas R$ 466.674,30 (25,5% do total). Pra piorar, todo este valor, apesar de aparecer na rubrica FUMSEP (Fundo Munic. de Seg. Pública), parece ter sido destinado à reforma do prédio do DATC (!!??), em maio deste ano, cfe empenho 2012010006584.
Ou seja, efetivamente em segurança esta rubrica também não explica a propaganda eleitoral. Ao contrário, creio que até complica.

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Desrespeito e acomodação

Enquanto esperam na fila, clientes pegam no sono

Por não ter outra alternativa, fui hoje ao Banrisul para atendimento direto nos caixas. Entrei às 13h22min. Após esperar em pé e ver gente dormindo nas cadeiras (vide foto), fui atendido às 14h27min. A Lei Municipal nº 5.611, em vigor desde 05 de fevereiro de 2002, e alterada pela Lei nº 6.323/2006, diz que os usuários não podem permanecer mais do que 15 minutos na fila após o recebimento da senha. Não podem??!! Então como eu fiquei hoje por 1h05min???

Bom, após atendido, pedi gentilmente ao caixa que me carimbasse, no verso da minha senha, o horário de saída, e este negou-se, sugerindo que eu procurasse um supervisor. Lá fui, tendo que aguardar mais alguns minutos para ser atendido. Pedi então à supervisora (reservarei o nome), que também negou-se a carimbar (será que a gerência determina expressamente aos servidores não fornecerem tal registro? E, se determina, por que a gerência faria isso?). Mas a supervisora pediu-me "compreensão", já que era um "dia atípico". E depois explicou-me o que seria, no seu entendimento, um dia atípico: "do dia 1º ao dia 10 nós temos problemas de atendimento, porque é quando todo mundo tem que fazer tudo no Banrisul... como qualquer outro banco, pelo que eu sei, nesses dias estão assim".

Por fim, a supervisora não carimbou, mas apenas escreveu, a mão, no verso da senha, o horário de saída (14h34min), seu nome e sua matrícula. E eu perdi, apenas para uma operação bancária cotidiana, 1 hora e 12 minutos!

Dia atípico!? Dez dias por mês, todos os meses!? E todos os bancos estão assim!? Juro que não entendi onde está a atipicidade disso! Mas entendo o que diz a Lei, mal fiscalizada, e muito por nossa culpa. Portanto, para me isentar um pouco desta culpa, comuniquei por telefone o fato ao secretário municipal da Fazenda, pedindo fiscalização, e em seguida perdi mais alguns minutos para protocolar uma reclamação e pedido de providência, nos termos daquela Lei em vigor, junto à Secretaria da Fazenda.

Lá, infelizmente, obtive a informação que as atendentes não se lembravam de outra reclamação quanto a este problema. Será que é porque os bancos descumprem outro mandamento da Lei, que diz que são as agências “obrigadas a afixar a presente lei nas suas áreas internas e externas , em local visível e de fácil leitura”?

Ou pior, será que é por pura acomodação nossa enquanto cidadãos?


Clientes aguardam mais de uma hora, muitos em pé


sexta-feira, 1 de junho de 2012

Direitos humanos, na visão ianque

FOTO: Nick Ut

Não foi Saddam (enforcado por crimes de guerra) quem fez isso. Não foi também Kadhaffi (assassinado pelos "rebeldes" líbios por ser criminoso de guerra). Também não foi Ahmadinejad. Nem tampouco Bashar al Assad (ditador sírio a quem Hillary Clinton e a ONU consideram um genocida). Também não consta que quem perpetrou este ataque (com napalm, que queimava as vítimas - homens, mulheres e crianças) tenha sido o supostamente assassinado Bin Laden.

Não sei quem foi o genocida que mandou atacar estas pessoas. E também não me consta que ele tenha sido preso, condenado (por um tribunal de exceção) e executado, como se faz por aí com outros genocidas do mesmo gênero.

Gilmar não é o STF




O ministro Gilmar Mendes informou  ( …)  que vai entrar com uma ação na Procuradoria Geral da República, solicitando o substrato das empresas estatais que usam do uso do dinheiro público para o financiamento de blogs que atacam as instituições.

— É inadmissível que esses blogueiros sujos recebam dinheiro público para atacar as instituições e seus representantes. Num caso específico de um desses, eu já ponderei ao ministro da Fazenda que a Caixa Econômica Federal, que subsidia o blog, não pode patrocinar ataques às instituições.

Em resposta, o "blogueiro sujo" Paulo Henrique Amorim (do "sujíssimo" Conversa Afiada), respondeu:


"Se for quem este blogueiro sujo está pensando, ele informou ao Conversa Afiada:


Vai ao Supremo contra Gilmar Dantas (*) por:


- abuso de autoridade;


- obstrução de atividade comercial legal;


- tentativa de censura;


- por delírio psicológico incontrolável, com manifestações patológicas óbvias, incompatíveis com a função que exerce.


Se for quem este blogueiro sujo está pensando, ele informou ao Conversa Afiada que vai entrar com um pedido de impeachment de Gilmar Dantas no Senado (*).


Se for este bogueiro sujo mesmo, ele sugere ao Gilmar Dantas: renuncie, dispa-se da toga do “foro privilegiado” e venha para a arena da democracia.


“Vamos para o mano-a-mano”, aqui na planície, debater ideias e confrontar fatos – disse o blogueiro sujo, que falou com exclusividade a este Conversa Afiada.


Se for quem este blogueiro sujo pensa, diz ele que falou assim: Ministro, saia detrás da Veja, do PiG (**), dessas colunas de mexerico.


E sugeriu que Gilmar respondesse à pergunta: o que significa ”o Gilmar mandou subir” ?


Se for quem este blogueiro sujo está pensando, ele pergunta, também: por que o Gilmar Dantas (*) não vai à PGR mover ação contra o Mauro Santayana, outro blogueiro sujo há muitos anos, que pediu ao Supremo para mandar o Gilmar embora ?


Num ponto o blogueiro sujo concorda com esse, em quem ele está pensando: não recomenda nada o Ministro ter dado dois HCs Canguru logo a quem, ao Daniel Dantas !


Lá isso é verdade.


Não orna.



Paulo Henrique Amorim, blogueiro sujo, com fontes entre os blogueiros sujos."

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Contradição?

Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr



Em diálogo de 29/04/2009, gravado com autorização judicial, Demóstenes fala com Cachoeira e, pela conversa, demonstra saber claramente das atividades ilícitas mantidas pelo contraventor.

Eis o diálogo:

Demóstenes: "Eu peguei o texto ontem da lei para analisar. É aquela que transforma contravenção em crime. Que importância tem a aprovação disso?"

Cachoeira: "É bom demais, mas aí também regulamenta as estaduais."

Demóstenes: "Regulamenta, não. Vou mandar o texto procê. O que tá aprovado lá é o seguinte: "transforma em crime qualquer jogo que não tenha autorização". Então, inclusive te pega, né? Então, vou mandar o texto pra você. Se você quiser votar, tudo bem, eu vou atrás. Agora a única coisa que tem é criminalização, transforma de contravenção em crime, não regulariza nada."

Foquemos no momento em que Demóstenes diz: "Transforma em crime qualquer jogo que não tenha autorização. Então, inclusive te pega, né?". Ou seja, pela conversa, demonstra saber que Cachoeira comanda uma rede de jogatina ilícita, e passaria de contraventor a criminoso com a aprovação daquele projeto de lei.

MAS, e isto me parece extremamente importante (e parece não ter sido notado pelos membros do Conselho de Ética ou pela imprensa), Demóstenes caiu em contradição nesta terça, no Conselho. Ao ser perguntado pelo relator da representação, senador Humberto Costa, desde quando teria ficado sabendo que seu amigo Cachoeira era um contraventor, respondeu: "no dia em que ele foi preso, 29 de fevereiro" [de 2012].

É contradição ou impressão minha?

terça-feira, 29 de maio de 2012

Sepúlveda, sobre Gilmar

Respeito mútuo

Sepúlveda Pertence, ex-presidente do STF (Foto STF/divulgação)

Comentários do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Sepúlveda Pertence, que teve o seu nome citado em matéria publicada pela revista Veja que circula a partir de hoje (26). Na matéria, a revista revela  suposto encontro entre o ex-presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva e o ministro do STF, Gilmar Mendes no escritório de advocacia do ex-ministro da Defesa, Nelson Jobim, a respeito do processo do “mensalão”:

Seguem os comentários do ministro Sepúlveda Pertence:

1 – Apesar das velhas relações pessoais de amizade, o ex-presidente Lula jamais falou comigo sobre processo judicial algum: exceto, muito antes de ser presidente da República, quando se tratava dos processos contra o Lula, líder sindical, naqueles processos a que respondeu na Justiça Militar, em que tive a honra de participar de sua defesa.
2- Particularmente sobre matéria da revista Veja, o ex-presidente da República jamais me falou sobre o chamado processo do “mensalão”: ele sabe que eu não me prestaria a fazer pedido à ministra Cármen Lúcia Antunes Rocha, nem ela aceitaria qualquer conversa minha a propósito. Por esse respeito mútuo, é que somos tão amigos.
3- Lamento que um ministro do Supremo [Gilmar Mendes] se tenha posto, supostamente, a dar declaração sobre conversas, reais ou não, que tenha tido com um ex-presidente da República no escritório de um político e advogado.