quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O ministro e o Enem

Atendendo a pedido, algo sobre a "polêmica" do Enem 2010:



Na entrevista, o ministro Fernando Haddad explica ao ex-portavoz do ex-presidente Figueiredo como funcionam no mundo os sistemas de avaliação de estudantes (Sat, Pisa, TOEFL...). E explica que não é nenhum absurdo (e nem novidade) fazer nova prova apenas para os prejudicados.

Para lembrar:
- em 2009, quem fez a caca foi a gráfica Plural, do mesmo grupo do jornal Folha de SP;
- o Enem barateia o "vestibular" (e por isso permite a democratização do acesso ao ensino público);
- com o Enem, os alunos (e pais) não ficam mais tão escravizados a cursinhos particulares;
- a estimativa é de que o problema nas provas tenha afetado aproximadamente 0,04% do total de estudantes que fizeram o exame.

Lembro também que é humanamente impossível evitar completamente os erros em uma mega-avaliação de mais de 4 milhões de pessoas, aplicada por milhares de fiscais, distribuída em milhares de salas de aula etc. Este é o calcanhar-de-Aquiles do Enem, sem dúvida. Por isso, ou aceita-se o fato de que erros acontecem e gerencia-se isso de forma coerente, sem esse discurso de "terra arrasada" que se ouve agora, ou se retrocede no sistema de avaliação.
A propósito, deixo aqui a pergunta aos que consideram o sistema anterior melhor: quais eram as vantagens e desvantagens do já antigo vestibular?

Um comentário:

Gabriel Vitória Oleiro disse...

É muito interessante a discussão a respeito do ENEM. Quem algum dia já prestou vestibular na FURG, pode lembrar a quantidade de ônibus com estudantes que vinham de fora prestar vestibular. Aos menos afortunados que não dispunham de recursos para custear as viagens para prestar vestibulares em outras instituições do estado ou país, tinham de se contentar em concorrer somente as vagas da FURG. Com o ENEM isso acabou, você presta uma única prova, igual para todos (em nível de dificuldade) na sua cidade e concorre para a instituição que você quiser, em qualquer lugar do país. Na minha opinião, isso melhora o acesso aos mais carentes.