- Os novos fatos apresentados na segunda-feira, quando foram tornadas públicas as denúncias de Lair Ferst, praticamente paralisam o governo Yeda, que fica, mais do que nunca, na mão de alguns deputados estaduais para evitar a instalação da CPI da Corrupção. Das 19 assinaturas necessárias, faltam somente duas, que estavam, justamente, "à espera de fatos novos".
- Entre as 20 denúncias do lobista Lair, uma indica os deputados peemedebistas Alexandre Postal e Luiz Fernando Záchia que "se beneficiavam de forma irregular" de contratos com empresa que operava controladores de velocidade no RS. Pela gravidade das denúncias, pode-se imaginar que Postal e Záchia sejam os primeiros a querer investigar tudo isso a fundo, pra limpar seus nomes. Por isso, pela lógica, poderiam ser os próximos a assinar a criação da CPI. Ou não?
- Quem mais ganha com as denúncias de Ferst é o Psol gaúcho. Luciana Genro e Pedro Ruas mostraram coragem ao afirmar, ainda em fevereiro deste ano, que havia material gravado com declarações que poderiam "sacudir o Piratini". Nesta semana, as denúncias do Psol ganharam força, e logo de um outrora importante membro da campanha de Yeda. Pra quem acha que é pouco (e que seriam necessários "fatos novos"), cabe lembrar que existem ainda informações prestadas pelo próprio vice-governador Paulo Feijó, pelo ex-ouvidor do governo, Adão Paiani, pela Polícia Federal e por Cezar Busatto, então chefe da Casa Civil, que abriu demais a boca e foi gravado por Feijó.
- Mais um esperado capítulo desta novela que virou o governo estadual deve ser o depoimento de Magda Koenigkan na Assembleia gaúcha. A viúva de Marcelo Cavalcante - ex-assessor de Yeda, "suicidado" no lago Paranoá, em Brasília - prometeu falar tudo o que sabe aos deputados gaúchos nos próximos dias. Recomenda-se a ela cuidado com o Guaíba.
- Por aqui, o Executivo Municipal parece que ouviu algumas poucas preces, e começou a mexer em alguns poucos buracos, como um dos vários que existem na Aquidaban. E resolveu dar andamento na "obra" da Praça Argentina. Pelo menos, já retiraram de lá a placa que dava a "praça" como concluída, a um custo de R$ 161 mil, com verba que veio do governo estadual.
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