terça-feira, 7 de julho de 2009

No dos outros é refresco!


Simon critica apoio de Lula a Sarney, mas cala em relação à Yeda



Em uma carta enviada hoje pelo à executiva do partido, o senador Pedro Simon (PMDB-RS) defendeu a candidatura própria do partido na eleição presidencial de 2010. A carta-manifesto foi endereçada à deputada federal Ísis de Araújo, presidenta em exercício do PMDB. No texto, Simon criticou o apoio que o presidente Lula teria dado ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), alvo de várias denúncias nos últimos dias. No entanto, não reservou nenhuma palavra sobre o governo Yeda e sobre apoio de deputados peemedebistas à governadora, que também enfrenta diversas denúncias, além de um pedido de CPI e outro de impeachment, na Assembleia gaúcha.


Na carta, Simon lembra a decisão do encontro estadual do partido em Porto Alegre, a expressão do partido no país, o mais votado nas últimas eleições municipais, e destaca o apoio das bases partidárias à tese da candidatura peemedebista em 2010. Segundo ele, no encontro na capital gaúcha, por unanimidade, o partido "aprovou moção, por mim apresentada, para que o PMDB tenha uma candidatura própria nas eleições presidenciais de Outubro de 2010".


Lembra ainda que a decisão partiu do cumprimento do Estatuto do partido, a partir de ofício assinado pelo deputado federal Eliseu Padilha, "secretário geral do Partido e presidente da Fundação Ulysses Guimarães, determinando a realização de Congressos estaduais com duas preocupações centrais: a definição de uma candidatura presidencial do PMDB em 2010 e a discussão de propostas peemedebistas no âmbito dos governo estaduais e federal."


Simon lamenta que, em função das denúncias no Senado, a determinação do partido perdeu força em nível nacional, "soterrada pelo escândalo de malfeitos e mau uso do dinheiro público na esfera do Senado Federal, presidida pelo PMDB". Na carta, o senador destaca ainda "um encontro entre o senador José Sarney, figura central da polêmica que hoje convulsiona esta Casa, e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Ficou insinuado que a força do Presidente Lula seria usada para salvar o cargo do Presidente Sarney. Teria se aventado, ali, o desdobramento político de uma eventual saída de José Sarney da presidência da Casa, o que implicaria na perda do apoio do PMDB ao PT nas eleições de 2010."


O Agora fez contato, por e-mail e diretamente por telefone, com a assessoria parlamentar para conhecer também a posição do senador acerca da crise no governo gaúcho, mas não recebeu resposta até o fechamento da edição. Entre outras perguntas, a reportagem questionava "como o senador vê a possibilidade de CPI para investigar a fundo as denúncias [contra o governo Yeda], uma vez que as mesmas recaem, inclusive, sobre membros do partido (deputados estaduais Alexandre Postal e Luiz Fernando Záchia, por exemplo)?" A assessoria informou apenas que o senador estava em recuperação de um recente problema de saúde.



por Germano S. Leite/Jornal Agora

2 comentários:

artesaors disse...

Alo Oscar.
Parabéns pelo trabalho.
O comentário sobre a conduta do nosso senador (reserva moral)está ótimo.
Estou me inscrevendo como leitor diário de suas postagens.
Grande abraço e boa luta.
Marco Antonio Darkiewicz

Anônimo disse...

Se quiserem apoiar a Dilma no próximo pleito, mesmo que o PMDB tenha candidato próprio, os peemedebistas podem valer-se da atitude do seu secretário-geral Eliseu Quadrilha, que, tendo Rigotto como candidato majoritário a reeleição pelo seu partido, preferiu apoiar Yeda Crusius.