- Aos veículos de comunicação não cabe um papel de meros reprodutores de informações divulgadas por grupos de interesse. Assim como é desperdício (principalmente nos casos em que os veículos se valem de concessões públicas) ficarem restritos apenas a trivialidades, furtando-se ao seu dever principal, qual seja o de serem meios de disseminação de informação relevante, e de forma independente.
- Na semana passada, o Agora mostrou, mais uma vez, que age norteado por princípios éticos e com esta desejada independência, ao publicar uma reportagem revelando apontamentos do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público de Contas com relação a possíveis irregularidades na gestão fiscal das contas do Município. As informações, embora públicas, precisavam ser efetivamente publicizadas, ou seja, levadas ao conhecimento da população. E é esse, exatamente, o papel da imprensa ao que me referia no tópico acima.
- Lamentavelmente, entretanto, alguns poucos veículos da cidade preferiram, ao invés de repercutir o fato (que, aliás, é de extremo interesse dos rio-grandinos), dar espaço apenas para que o jornal fosse atacado por cumprir sua obrigação. Neste episódio, inverteram-se os valores, uma vez que não é o Jornal Agora quem deve as explicações aos órgãos competentes e, principalmente, ao público.
- Em um espaço democrático, a crítica às administrações públicas não só pode, mas deve, ser exercida de forma continuada. E, por parte dos criticados, aceita de forma natural. É inerente à democracia. Os tempos de truculência e intimidação ficaram para trás, e ninguém tem saudade daqueles.
- O único grupo ao qual o Agora se vincula é a sociedade civil, e o único comprometimento é com os interesses da coletividade.
terça-feira, 28 de julho de 2009
Coluna semanal no Agora - Rio Grande (RS)
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Um comentário:
A tradição política de RG é assim, clientelismo e puxa saquismo da mídia tradicional, o jornal Agora se não fizer parte desse clube de amigos vai ser atacado mas ganhará em respeito e credibilidade.
É o preço!
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