sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Empresário alega ter sido prejudicado com o caso

O empresário Francisco Paz Ferreira, um dos pivôs da ação de improbidade impetrada pelo Ministério Público Estadual contra o coordenador de projetos da Prefeitura, Neverton Moraes, alegou esta semana ao Agora que teria sido prejudicado após a contratação dos serviços do então secretário de Coordenação e Planejamento, quando tentava regularizar seu empreendimento. Segundo Ferreira, na primeira vez que tentou a aprovação na Prefeitura, Neverton teria informado que o projeto teria dificuldades. Em seguida, teria indicado os próprios serviços como forma de agilizar a aprovação.
Após aceitar a proposta e receber o serviço de engenharia, bem como ter seu loteamento aprovado pelo município, Ferreira conta que iniciou uma peregrinação junto ao Registro de Imóveis, mas não conseguiu fazer a averbação dos lotes. "O cartório dizia que havia erro no projeto, e se recusava a registrar", conta. Diz que voltou ao escritório de Neverton para acertar o projeto, mas o engenheiro teria lhe dito para voltar ao cartório, com um recado: "Tu tá vendo isso aqui? Tu volta lá e diz pra ele [responsável pelo registro de imóveis] que eu mandei ele registrar". Após nova negativa do Registro de Imóveis, voltou ao engenheiro, que mais uma vez lhe disse que estava "mandando" o responsável pelo cartório fornecer o registro.
Em função de irregularidades com relação às medidas dos lotes, Ferreira não obteve o registro dos mesmos, e acabou, alguns anos mais tarde, sendo réu em uma ação civil pública, por ter vendido dois dos lotes, sem registro, para terceiros. Hoje, além de responder à ação civil, Ferreira move uma ação contra Neverton Moraes e contra a Prefeitura, buscando uma indenização de quase R$ 1,2 milhão, valor que alega ter sido seu prejuízo após todos os problemas.
Ferreira embarga a voz ao lembrar que há 17 anos tenta regularizar os lotes, e que era o sonho de sua vida, para dar estabilidade à família, mas hoje, com 57 anos, lamenta que tudo isso o levou somente a ser réu em um processo e colocar a própria vida "em um caos total".

2 comentários:

Anônimo disse...

O triste é que essas "autoridades" acabam sendo absolvidas por falta de provas. Nosso Poder Judiciário precisa de reforma gerla e urgente.

Alexandre disse...

O poder público na cidade do Rio Grande está tomado de assalto por interesses particulares e por clãs de famílias que visam o locupletamento de seu patrimônio.
lamentável a população não perceber tal fato ou estar ignorando de vontade própria estes acontecimentos.