Hoje, na Câmara de Vereadores, presenciei algo que não deu pra entender. A oposição tentava (mesmo sabendo que não levaria) aprovar a tal Tribuna Popular, pela qual entidades representativas teriam direito a, uma vez por mês, usar da tribuna por 10 minutos e expor suas reivindicações de forma mais direta.
O fato inusitado se deu quando, faltando 15 minutos pra encerrar a sessão, e ainda sem votação da matéria, o vereador Spotorno (PT) pediu prorrogação dos trabalhos por mais 1 hora, pra que o tema fosse decidido de uma vez. A proposta de prorrogação foi à votação, sendo derrubada pelo rolo compressor governista por 7 a 4. Porém, cinco minutos depois, Renato Albuquerque (PMDB), que tinha votado NÃO ao requerimento do petista, resolveu também pedir prorrogação, só que por... 1h15min.
Dessa vez, óbvio, o requerimento foi aprovado, por 8 a 3. Ou seja, dos 6 que acompanharam o NÃO de Albuquerque contra Spotorno, 3 trocaram de voto cinco minutos depois e aprovaram o mesmo pedido, só que solicitado pelo colega governista.
Pensando melhor, acho que deu pra entender sim. Perfeitamente!
Aliás, o número "4" tem acompanhado a oposição desde o início desta nova legislatura. O Executivo aprova o que quer, e nem precisa de muita fundamentação. Só resta saber quem será o primeiro a abandonar o barco.
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