terça-feira, 18 de agosto de 2009

Indícios e "indícios"


Para o PSDB do senador Álvaro Dias, existem indícios e "indícios". Segundo declaração dada ontem, de encomenda, aos repórteres da Folha, os indícios bastariam para "incriminar" a ministra Dilma Rousseff, favorita do Planalto para suceder Lula em 2011. Veja o que narra a Folha:


O senador Álvaro Dias (PSDB-PR) também criticou as declarações de Lula sobre o encontro entre Dilma e Lina. "O carnaval que eu vejo tem o bloco da mentira. O governo instituiu a blindagem como arma para montar versões inexistentes. A repetição da mentira não tem mais sentido", afirmou. Segundo o tucano, Lina não tem obrigação de provar seu encontro com Dilma uma vez que a reunião não foi incluída na agenda oficial da ministra. "A agenda é irrelevante, não se pode considerar arma de defesa do governo. Nem sempre há agenda, anotações. O que vale é a comprovação do fato através de indícios", afirmou Dias.


Convém lembrar que tais "indícios" não passam de informações levantadas pela própria oposição, sem qualquer comprovação por parte de autoridade legal.


Já cá embaixo, em território guasca, os indícios de roubo descarado do dinheiro público no caso do Detran há muito ganharam status de provas, embasando inquéritos da Polícia Federal e ações ajuizadas pelo Ministério Público Federal. Ainda assim, escudados pela mídia amiga (que, diga-se de passagem, se regozija com recente tsunami de publicidade do governo do Estado), os tucanos batem pé e dizem que indícios não servem para comprovar os fatos e prender os ladrões do dinheiro do povo.

Um comentário:

Anônimo disse...

Precisamos urgentemente de um "Lei de Imprensa" que mantenha a mídia aberta (TV,jornais e revistas) afastada de posições político-partidárias. Hoje está muito claro que alguns senadores da oposição plantam as notícias na mídia e depois usam as "reportagens" para alimentar acusações contra o Governo. Isso, só a Lei pode impedir.