quarta-feira, 26 de agosto de 2009

  • Hoje vamos falar um pouco de lógica, para comentar sobre a polêmica redução, nesta semana, dos repasses do Executivo para complementar a Previdência dos municipários (Previrg). O argumento usado na segunda-feira, pelos vereadores governistas, foi de que o repasse nos índices atuais prejudica a coletividade como um todo. Logo, a criação da Previrg naqueles moldes prejudicou a coletividade. Logo, os vereadores que aprovaram a lei em 2007 (a mesma base governista) teriam prejudicado a coletividade?

  • A despeito de toda a tergiversação que se viu no plenário da Câmara, resta claro que o que está por trás da questão da Previrg é algo ainda maior: a necessidade de se fazer caixa, em função do rombo nas contas do Município apontado pelo Tribunal de Contas do Estado e pelo Ministério Público de Contas.

  • Por isso, e levando em conta a preocupação dos vereadores em resolverem o problema, espera-se (ainda como dedução lógica) que todos eles se empenhem em encontrar mais outras soluções (além da já desde sempre anunciada investida sobre o caixa da Previrg) para a questão de fundo, que é o fato de, apesar do crescimento constante de receita, o Executivo gastar mais do que arrecada. Encontrar os motivos desta gastança poderia ser uma bela contribuição. Pena que lógica e política são duas ciências que, há séculos, se distanciaram de forma quase irretornável.

  • Nesse sentido, algumas vozes já falam em CPI na Câmara, através da qual os vereadores se debruçariam na análise sobre a execução orçamentária de 2008, para ver em que foram gastos R$ 11,388 milhões a mais em relação ao que a Câmara autorizou, através da Lei Orçamentária Anual (LOA), ocasionando este desajuste que (isso sim) tem prejudicado a população no exercício de 2009.

  • Após muito bater, oposição e grande mídia finalmente conseguiram encaixar alguns bons golpes no governo federal, escolhendo como ponto fraco um tradicional parasita de todos os últimos governantes (uma verdadeira "Sarna"). O resultado foi um racha significativo nas alas petistas, com a dissidência de quadros importantes como Marina Silva (a caminho do PV), além do papelão protagonizado por Aloízio Mercadante no Senado. Até então, os constantes ataques sequer arranhavam a popularidade do governo federal. Resta saber se o recente golpe, no fígado, vai ou não deixar grandes estragos. Aguardemos as próximas pesquisas.

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